Nossas Danças

Semanalmente, os integrantes do Grupo Folclórico Germânia se encontram para ensaiar danças folclóricas europeias, para posteriormente apresentá-las em eventos. O grupo também participa de cursos e, dessa maneira, o repertório de danças está constantemente evoluindo. Abaixo, conheça um pouco sobre a história das danças:

Bandertanz

Ao chegar da primavera, no mês de maio, com o acordar da natureza, após o longo inverno, como um agradecimento, as crianças e os adultos entoavam cantigas e dançavam ao redor das árvores. Tradição que apareceu e nos é confrontada pela primeira vez na região de Aachen, em 1225. Surgem canções infantis representando a natureza e a primavera. Não possuindo fronteiras e juntando o enfeite, que veio mais tarde, apareceram as fitas que se transformam na "dança das fitas". O tema central está nas figuras, que envolvem a trança, a rede e o giro em par. As fitas podem ser de várias cores, sendo que as brancas sempre pertencem ao sexo feminino. A dança das fitas não se restringe às apresentações da primavera, mas, também, recebe outras denominações, sempre dependendo das ocasiões em que a dança é apresentada. No Brasil, a primavera tem o seu início em setembro. A figura mais importante liga-se ao trançar das fitas. A árvore como centro da dança nos leva a outros países e para vários continentes.

Das Fenster

Dança mais recente, apresentada num seminário de danças. Tem como característica a formação da janela, que representa o namorar junto à janela da amada. Costume ainda utilizado em muitas regiões da Europa durante a serenata.

Hetlinger Bandriter

Surgiu inicialmente nos anos 20, junto com o movimento jovem. A música pesquisada por Paul Neukam nos vem da Lüneburger Heide. O impulso coreográfico surgiu do grupo folclórico de Niederelbe, região baixa do Elba, recebendo o nome de Hetlinger, uma pequena vila da região, e de Bandriter, que mantém como profissão a tradição de trançar cestos de vime.

Holzhacker

Dança oriunda dos cortadores de madeira das florestas da região da Boêmia e Baviera. Na representação, encontramos o cerimonial de todo o andamento, desde a saída de casa até a floresta, com o seu serrote, machado e o lanche.

Jagermarsch

A "marcha do caçador" tem sua melodia da idade média. Começou na Áustria, passou para o sul da Alemanha, e tornou-se popular por toda a Alemanha e em alguns países europeus. Recebeu também outras denominações, como: Sautanz, Marsch-Walzer, Bauer-Française, Gänsemarsch, etc. Como características têm a divisão da dança em duas partes, a marcha e a valsa, onde todos dançam procurando um par. A linha melódica, por receber a informação sem o conhecimento de notas musicais, recebeu várias alterações, transformando-a numa nova melodia diversificada, dependendo do lugar da pesquisa.

Pommresche Krakoviak

Dança popular da Cracóvia, Polônia, foi logo assimilada pelos núcleos de pomeranos que residiam e dominavam aquela região. Por demonstrar a destreza masculina, visando provar as suas habilidades de bailarino junto às moças, hoje faz parte das danças apreciadas pelos pomeranos e principalmente dos poloneses. Por volta de 1800, começaram os primeiros registros. Tornou-se no século XIX muito apreciada e apresentada pelos europeus. Uma dança da sociedade, sendo tema de abertura, polonaise, recebendo algumas figuras criativas. Como dança folclórica, recebeu muitos nomes, como, por exemplo, Pommresche Krakoviak, para os pomeranos.

Schwedentanz

Pesquisa realizada pelo grupo Hielbronner Winzergruppe, recebendo o incentivo e forma do Webertanz (a dança do tear).

Polka Piquée

Uma polca de ponta da região da Alsácia e sul do Palatinado. Lembra antigas contradanças francesas e no seu estilo, da Kreuzpolka alemã.

Rheinländer

A Rheinländer nos apresenta algumas alternativas e formas que a caracterizam: duas trocas de passos e uma figura, que utiliza 4 passos andados.

Untersteirer Landler

No ano de 1940, R. Johann Jock participou ao pesquisador Anton Novak, que esta dança nos anos oitenta havia sido pesquisada na sua terra natal Halbenrain junto ao Radkersburg, com o nome de Steirischer. Também nas regiões de Mureck, Klöch, Tieschen a mesma era conhecida. Joch, que no ano de 1885, se transferiu para Graz, retornava anualmente à sua cidade natal, porém nos anos de 90 não conseguiu encontrar este Steirischer como o tinha conhecido. Dançava-se somente como Valsa e Polca. Citações posteriores indicaram que a mesma dança tinha se mantido em algumas regiões da Áustria. Junto a mesma encontramos a arte de bater palmas, características executadas pelo homens num círculo virado para o centro. Também faziam parte da mesma, o canto. As palmas continuaram e o canto deixou de existir em algumas regiões. Com pequenas alterações regionais o Untersteirer Landler continua vivo até os dias de hoje, com ou sem o canto.